Deus criou sua imagem e se foi,
deixou sob o mesmo teto
o preto e o branco, o cômico e o santo,
o sonho e o pesadelo, o certo e o errado,
a dúvida e a certeza, a paz e a intolerância,
o macho e a fêmea, o ateu e o religioso
dividindo a mesma vitrine,
como numa feira,
onde o rico bebe e o pobre pede,
num convívio de eterna insurgência,
dependência, patrão e empregado,
de arte e lixo,
devorador e devorado.
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