A cobra se contorcendo
por entre as cordas de um violão,
a natureza cobrando o que foi um dia,
sua morada, seu jardim.
O desejo de matar,
passa a ser obsessão do homem,
que esmaga a cabeça
daquela que ainda poderia
deslizar por entre frestas,
desfragmentar pensamentos,
precipitar iras e recriar medos.
Num estado de supremo cansaço,
a víbora se entrega
cuspindo a língua em forquilha.
Há desdém em seu olhar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário